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Terra


Vídeo sobre a Terra, montado a partir de fotografias tiradas a bordo da Estação Espacial Internacional, bem como de imagens e dados de satélites. Se não abrir automaticamente, clique no play (▶), localizado na parte inferior da figura.
[Créditos: NASA/GSFC - Via Scientific Visualization Studio.]

A Terra é o terceiro planeta a partir do Sol e o único lugar habitado por seres vivos que conhecemos até o momento. Ela é apenas o quinto maior planeta do Sistema Solar, mas é o maior dentre os quatro que estão mais próximos do Sol, todos feitos de rocha e metal, e o único com água líquida na superfície.

O nome Terra tem pelo menos 1.000 anos. Todos os planetas do sistema, exceto o nosso, receberam nomes de deusas e deuses gregos e romanos. No entanto, "Terra" é uma palavra de origem germânica, que significa simplesmente "o chão".

Nosso planeta tem um diâmetro equatorial de 12.756 quilômetros, sendo levemente achatado nos polos. Sua distância média ao Sol é de 149,6 milhões de quilômetros, o que se convencionou como sendo uma unidade astronômica (UA), uma das unidades usadas na medição de distâncias cósmicas, sendo muito prática na determinação de distâncias no âmbito do Sistema Solar. Este intervalo corresponde a 8 minutos-luz, o que significa que a luz do Sol leva 8 minutos para chegar até nós.

Um dia terrestre, ou seja, o tempo que a Terra leva para dar um giro completo (rotação) em torno de seu próprio eixo, tem 23,9 horas, e uma volta ao redor do Sol (translação) se completa em 365,25 dias. Como convencionamos que o ano tem exatamente 365 dias, a sobra em horas (0,25 dias = 6 horas) é compensada de quatro em quatro anos pelo ano bissexto, de 366 dias, o qual recupera o tempo "perdido" nos três anos imediatamente anteriores.


Terra

Tipo: planeta rochoso
Diâmetro equatorial: ≈ 12.756 km
Área da superfície: ≈ 510,1 x 106 km2
Distância média ao Sol: 149,6 x 106 km
(≈ 8,3 minutos-luz)
Dia: 23,9 horas
Ano: 365,25 dias
Luas: 1

[Imagem: NASA's Solar System Exploration: Earth]


Estações do ano

O eixo de rotação da Terra tem uma inclinação de 23,4 graus em relação ao plano de sua órbita, e isto cria nosso ciclo anual de estações climáticas (primavera, verão, outono, inverno). Quando o Hemisfério Norte está mais distante do Sol, e o Hemisfério Sul, mais perto, temos o inverno ao norte e verão no sul. Seis meses depois, ocorre exatamente o oposto.


Inclinação da Terra
A figura mostra a inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de sua órbita ao redor do Sol. [Imagem: AxialTiltObliquity.png: Dna-webmaster derivative work: João Sousa, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons]

Outro fator que influencia as estações é a distância da Terra ao Sol, que não é sempre a mesma, pois a órbita em torno da estrela é uma elipse. Temos, então, dois momentos limítrofes: o periélio, quando estamos a 147 milhões de quilômetros do Sol, e o afélio, quando a distância chega aos 152 milhões de quilômetros.

Mas há um momento em que ambos os hemisférios recebem uma quantidade aproximadamente igual de calor solar. Isto acontece no início da primavera e do outono. A imagem a seguir ajuda a entender a dinâmica das estações:


Estações do ano
Alternância das estações climáticas.

Formação e estrutura

Na mesma época da formação do Sistema Solar como um todo, a Terra teve sua origem a partir de gás e a poeira em redemoinho, que se juntou pela gravidade formando nosso planeta, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Tal como os outros planetas rochosos, a Terra tem um núcleo central, um manto rochoso e uma crosta sólida.


Estrutura interna da Terra
Estrutura interna da Terra. [Imagem (adaptada): Mats Halldin - Vetor: Chabacano, lic. CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons]

O núcleo interno é uma esfera sólida, feita de ferro e níquel, com um raio de aproximadamente 1.221 quilômetros. Ali, a temperatura chega aos 5.400 graus Celsius. Logo acima, envolvendo-o, está o núcleo externo, também de ferro e níquel, porém em estado líquido.

Entre o núcleo externo e a crosta está o manto, a camada mais espessa. Esta mistura quente e viscosa de rocha derretida tem cerca de 2.900 quilômetros de espessura e tem uma consistência semelhante à do caramelo.

Seguem-se 30 quilômetros, em média (em terras continentais), de profundidade da crosta, a camada em que pisamos. Nos oceanos, ela é bem mais fina, estendendo-se cerca de 5 quilômetros abaixo do fundo do mar, até o topo do manto.


Superfície

Assim como Marte e Vênus, a Terra tem vulcões, montanhas e vales. A litosfera da Terra, que inclui a crosta (continental e oceânica) e a parte superior do manto, está dividida em placas enormes, denominadas placas tectônicas, que estão continuamente se movimentando. Os terremotos ocorrem quando elas se deslocam umas sobre as outras. Colidindo entre si e sobrepondo-se mutuamente, formam montanhas, mas, às vezes, também se separam, dividindo-se em partes menores.

Inclusive, a gradual separação de grandes porções da litosfera explica a origem dos atuais continentes terrestres, os quais, até cerca de 225 milhões de anos atrás, encontravam-se todos unidos, formando um supercontinente chamado Pangeia.


Formação dos continentes
Formação dos continentes (Fonte: IBGE)

O oceano global da Terra, que cobre quase 70% da superfície do planeta, tem uma profundidade média de cerca de 4 quilômetros e contém 97% de toda a água do mundo. Quase todos os vulcões terrestres estão submersos nos mares.

O vulcão Mauna Kea, no Havai, é mais alto da base ao cume do que o Monte Everest, só que a maior parte dele está debaixo d'água. A cadeia de montanhas mais longa da Terra está no fundo dos oceanos Ártico e Atlântico. Ela é quatro vezes mais comprida do que os Andes, as Rochosas e os Himalaias juntos.


Atmosfera

Próximo à superfície, a Terra tem uma atmosfera composta por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases, tais como dióxido de carbono, argônio e neon. Esta atmosfera afeta o clima do planeta como um todo, a longo prazo, e também localmente, a curto prazo, além de nos proteger de grande parte da radiação nociva que vem do Sol.

Ela também é um obstáculo para meteoroides, cuja maioria fica incandescente ao penetrar na atmosfera, sendo vistos como meteoros no céu noturno, antes de atingirem o solo, já despedaçados em meteoritos.

Magnetosfera

A rápida rotação de nosso planeta e o núcleo de níquel e ferro fundidos dão origem a um campo magnético, que o vento solar distorce em forma de lágrima no espaço (O vento solar é um fluxo de partículas eletricamente carregadas, que são continuamente expelidas pelo Sol).

Quando as partículas do vento solar ficam presas no campo magnético da Terra, colidem com as moléculas de ar acima dos polos magnéticos do planeta. Essas moléculas começam, então, a brilhar e causam auroras (boreal e austral - ou luzes do norte e do sul).

É o campo magnético que faz com que as agulhas da bússola apontem para o Polo Norte, independentemente da direção em que se vire o instrumento. Mas a polaridade magnética da Terra pode mudar, invertendo a direção do campo magnético. Registros geológicos mostram que isso acontece a cada 400 mil anos, em média.

Até onde sabemos, tais inversões não causam nenhum dano à vida terrestre. Além disso, é muito improvável que o fenômeno volte a acontecer nos próximos mil anos, pelo menos. No entanto, quando ocorrer, é provável que as agulhas das bússolas apontem em muitas direções diferentes, durante alguns séculos, enquanto a mudança está ocorrendo. E quando a inversão estiver completa, todas as agulhas apontarão para o sul, ao invés do norte.


Lua

A Terra é o único planeta do Sistema Solar que possui apenas uma lua (os outros possuem mais de uma ou nenhuma), e ela é o mais brilhante e mais familiar objeto que vemos no céu noturno. Em muitos aspectos, a Lua é responsável por fazer da Terra um lar tão bom. Ela estabiliza a oscilação do planeta, tornando o clima menos variável ao longo de milhares de anos.

A Lua está, em média, a 384.400 quilômetros de nós, uma distância onde cabem 30 planetas do mesmo tamanho que a Terra. Com um diâmetro de aproximadamente 3.476 quilômetros, ela é a quinta maior lua do Sistema Solar (as quatro maiores são Ganimedes, Titã, Calisto e Io).

Além da Lua, nosso planeta por vezes "hospeda" asteroides em sua órbita, carregando-os consigo em sua translação ao redor do Sol. Eles ficam presos pela gravidade terrestre por algum tempo, antes de voltarem a seus cursos independentes.

Inclusive, algumas luas são formadas por pedaços de rocha que foram capturados pela gravidade de seus planetas. Mas nossa Lua não teve uma origem como esta. Ela é resultado de uma colisão que ocorreu bilhões de anos atrás.

Quando a Terra era um planeta jovem, um grande pedaço de rocha se chocou com ela, deslocando uma parte do seu interior. Os pedaços resultantes, lançados ao espaço, juntaram-se e formaram a Lua.

★ Edição: Mauro Mauler - atualizada em 05/11/2023.

★ Referência:

Lua

Distância média à Terra: 385.000 km
Diâmetro equatorial: ≈ 3.476,2 km
Área da superfície: ≈ 3,79 x 107 km2
Dia lunar: ≈ 27 dias terrestres
Temperatura mínima: -233° C
Temperatura máxima: 123° C




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