Ganhadores do Prêmio Nobel

O flúor é um elemento químico de símbolo F, que faz parte de muitos compostos, com múltiplas aplicações. Por suas propriedades que evitam a formação de cáries, fluoretos são normalmente adicionados em cremes dentais. O flúor também está presente nas redes de abastecimento de água, como mais um meio de combate às cáries dentárias. A figura acima mostra diferentes variedades de fluoritas, que são fontes para extração do flúor. Seus brilhos característicos, quando submetidas a luz ultravioleta, deram origem ao termo fluorescência.

Henri Moissan nasceu em Paris, em 28 de setembro de 1852. Seus estudos superiores tiveram início no Collège de Meaux e, mais tarde, no laboratório de Edmond Frémy, no Museu de História Natural, onde assistiu palestras de Sainte-Claire Deville e Henri Debray.

Um ano depois, foi para o laboratório de Dehérain, na Escola Prática de Estudos Superiores de Paris e, posteriormente dirigiu seu próprio pequeno laboratório, antes de se juntar a Debray e Troost nos laboratórios da Sorbonne.

Em 1879, ele foi nomeado para um cargo júnior no Instituto Agronômico e obteve seu doutorado em 1880, com uma tese sobre os grupos do cianogênio.

Moissan tornou-se professor assistente e demonstrador sênior da Escola de Farmácia. Em 1886, foi eleito professor de Toxicologia, assumiu a cadeira de Química Inorgânica em 1899 e, em 1900, foi nomeado Assessor do Diretor da Escola. No mesmo ano, sucedeu Troost como professor de Química Inorgânica na Universidade de Paris.

Após algumas pesquisas iniciais em Biologia e Química Inorgânica, ele voltou sua atenção, em 1884, para a química do flúor, dando início às pesquisas que o levaram, em 1886, a conseguir isolar o elemento.

Foram mais de trezentas publicações científicas de autoria de Moissan, sendo suas maiores obras O forno de arco elétrico, de 1897, O flúor e seus compostos, de 1900, e o Tratado sobre Inorgânicos, em cinco volumes publicados entre 1904 e 1906.

Henri Moissan foi merecedor de muitos prêmios e honrarias durante sua vida acadêmica. Logo após retornar de Estocolmo, onde recebeu o Nobel de Química, ele faleceu repentinamente em Paris, no dia 20 de fevereiro de 1907.