Galáxias do Conhecimento

Ganhadores do Prêmio Nobel


Página 11


JOHANN FRIEDRICH WILHELM ADOLF VON BAEYER

Prêmio Nobel de Química - 1905


Fórmula do Índigo

Fórmula estrutural do índigo, conhecido também como anil. Abaixo, um pedaço de corante vegetal índigo da Índia (Foto: Evan Izer (Palladian), CC BY-SA 2.5, via Wikimedia Commons):

Corante vegetal índigo


Von Baeyer

"Pelos avanços que proporcionou à Químnica Orgânica e à Química Industrial, através de seus trabalhos com corantes orgânicos e compostos hidroaromáticos."

No final da década de 1800, desenvolveu-se um novo ramo industrial, a fabricação de corantes, com múltiplas aplicações, do tingimento de tecidos à colorização de alimentos.

O químico alemão Adolf von Baeyer (1835 - 1917), a partir da década de 1860, realizou uma série de estudos sobre a estrutura química desses compostos, produzindo vários tipos a partir do alcatrão de carvão.

O principal deles foi o azul índigo, que, a partir de então, poderia ser obtido por produção industrial, em vez de ser extraído de vegetais, o que ficava muito mais caro.

Outro grupo de corantes pesquisados por Baeyer foi o das ftaleínas, e ele ainda obteve muitos outros resultados científicos notáveis no decorrer de sua vida, mas a síntese do índigo, com a consequente determinação de sua composição química, é que foi determinante para sua premiação com o Nobel.


Corante índigo
Corante índigo

Breve biografia acadêmica

Adolf von Baeyer nasceu em Berlim, em 31 de outubro de 1835. Ainda criança, já se interessava por experimentos químicos e, com 12 anos de idade, descobriu um novo sal duplo de cobre.

Em seus dois primeiros anos como aluno na Universidade de Berlim (1853 a 1855), ele se dedicou principalmente à Matemática e à Física. Em 1856, retornou sua atenção à Química, realizando estudos sobre cloreto de metila no laboratório de Bunsen, em Heidelberg, o que resultou na publicação de seu primeiro trabalho, em 1857.

O nome de Baeyer foi associado à engenhosa teoria estrutural do famoso químico alemão August Kekulé (1829 - 1896), em cujo laboratório particular trabalhou, em 1858. No mesmo ano, em Berlim, ele obteve seu doutorado, por seu trabalho sobre compostos de cacodil, realizado no laboratório de Kekulé.

Ainda trabalhando com Kekulé, Baeyer descobriu o ácido barbitúrico, e isto o qualificou para tornar-se professor de Química Orgânica na Academia Comercial de Berlim, em 1860. Foi lá que, em 1865, deu início à maior parte das pesquisas com o índigo, que posteriormente resultariam em muitos avanços na Química, inclusíve a síntese que lhe renderia o Prêmio Nobel.

E foi na Universidade de Munique, onde assumiu uma cátedra em 1873, que Baeyer chegou a elegantes sínteses totais de índigo e realizou pesquisas com acetileno e poliacetileno, das quais derivou a famosa teoria da deformação de Baeyer dos anéis de carbono.

Até seus últimos anos, Adolf von Baeyer continuou realizando muitas pesquisas notáveis em Química Orgânica, tendo recebido inúmeras honrarias, além do Nobel. Ainda era considerado jovem de espírito quando faleceu em sua cidade natal, em 20 de agosto de 1917.





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("Por suas investigações teóricas e experimentais sobre a condução de eletricidade em gases.")


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