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Astronomia básica





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O que é Astronomia?

A palavra vem do grego astron (grupo de estrelas ou constelação) ou aster (astro, estrela), concatenado com nomos (lei, regra, princípio). A Astronomia pode, então, ser definida como "a ciência que busca entender as leis que regem os objetos celestes, investigando sua natureza, estrutura e evolução".

É considerada como a ciência mais antiga. Evidências indicam que a humanidade vem criando, desde tempos pré-históricos, meios e práticas sistematizadas para observar e interpretar os astros e seus movimentos. Humanos primitivos nômades certamente usavam o céu como referência para se orientarem geograficamente.

Posteriormente, com o estabelecimento de comunidades fixas (sedentárias), os ciclos celestes se tornaram a base para a definição de calendários, principalmente pela necessidade de programação dos plantios e colheitas. E a primeira forma de marcação de intervalos de tempo mais curtos foi pelo acompanhamento da variação da sombra solar no decorrer do dia, e esta prática veio a dar origem aos primeiros relógios.

E foi assim que teve início a grande aventura de exploração do Universo à nossa volta.


Primeiros passos

Que tal se tornar um astrônomo amador? Se você deseja adentrar este campo fascinante, não precisa começar comprando telescópios. Na verdade, recomenda-se que o iniciante empreenda uma fase inicial de observações a olho nu, para se familiarizar com o posicionamento e dinâmica dos astros que aparecem no céu que enxergamos aqui da Terra.

Um caminho gradativo proporcionará conhecimentos básicos essenciais para os posteriores aprofundamentos. Confira a seguir algumas dicas importantes:

  • A observação astronômica pode ser realizada de qualquer lugar em que você se encontre, desde que consiga enxergar um número razoável de estrelas, mas dê preferência a locais com pouca ou, melhor ainda, nenhuma iluminação artificial. O cenário ideal é o de um descampado, com boa visualização dos horizontes, sem claridade ao redor, em noites de céu limpo.
  • Pratique a observação a olho nu. Antes de olhar diretamente para o céu, gaste algum tempo acostumando a vista à escuridão, evitando olhar para luzes e claridade à sua volta. Fechar os olhos ajuda bastante. Esta prática estimula uma dilatação ideal da pupila, o que possibilitará que você enxergue mais e melhor, quando voltar os olhos para o firmamento. Isto vale, inclusive, para quando você começar a usar ferramentas auxiliares, como binóculos, lunetas e telescópios.
  • Use o tempo que puder para observar as estrelas, procurando identificar padrões em sua dinâmica. Aos poucos, você começará a perceber que elas se deslocam ao longo da noite, traçando trajetórias em que suas posições relativas são mantidas. Em outras palavras, elas trafegam em conjunto. Quanto aos planetas, eles seguem padrões diferentes, conforme veremos em um dos próximos artigos.
  • A posição dos astros não varia apenas no decorrer das horas em uma noite. O céu que você enxerga hoje é completamente diferente do que você verá daqui a seis meses, mas ele se repetirá, caso observado do mesmo local e no mesmo horário, após a conclusão do exato período de um ano, ou seja, o tempo de uma volta completa da Terra ao redor do Sol.
  • Avançando um pouco mais, use mapas celestes para identificar os astros. Comece localizando estrelas e constelações mais conhecidas, as quais servirão de referência para o progressivo mapeamento de todo o firmamento acima de você. Esses mapas (também chamados de cartas celestes) devem se adequar à sua localização geográfica, bem como às datas e horários em que você realiza observações.
  • Em paralelo a tais atividades, continue lendo nossa série de artigos, onde apresentamos conceitos básicos e outros tópicos importantes de Astronomia Observacional.

A olho nu, você já pode enxergar cerca de 3.000 estrelas. Telescópios podem ser fantásticos, mas primeiro você precisa saber para onde apontá-los!

Recomenda-se uma transição gradual: após vencer os primeiros passos, uma boa ideia é usar um par de binóculos, com os quais sua visão já pode se expandir para dezenas de milhares de estrelas.


★ Edição: Mauro Mauler - atualizada em 19/02/2024.

Bibliografia


Manual do astrônomo

O Manual do Astrônomo, livro do grande astrônomo brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014). Um conteúdo abrangente de Astronomia Observacional, apresentado de forma muito didática e estimulante da prática astronômica consistente. Contém, inclusive, instruções para a construção caseira de telescópios. Atualmente é raro em livrarias, mas edições usadas podem ser encontradas em sebos e alguns sites da web.



Astronomia e Astrofísica

Astronomia e Astrofísica é um excelente Livro dos professores Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Fátima Oliveira Saraiva, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O conteúdo não se limita a elementos gerais da Astronomia, mas também se aprofunda em tópicos mais avançados de Astrofísica e nos grandes temas da Cosmologia. O texto atualizado fica disponível em http://astro.if.ufrgs.br/#gsc.tab=0, onde o livro físico também pode ser adquirido.



Space-based astronomy

Um guia educacional da NASA, contendo tópicos de Astronomia com propostas de atividades científicas práticas. Clique sobre a figura para baixar o pdf (último acesso: 14/10/2023).




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