Galáxias do Conhecimento

Sonda da NASA bate recorde de aproximação do Sol



01/01/2025

A Sonda Solar Parker chegou, em 24/12/2024, a uma distância de apenas 6 milhões de quilômetros de nossa estrela central. Qual a importância disso?

Parker Solar Probe
[Imagem: NASA]

O Sol é a única estrela que podemos estudar bem de perto. Em uma missão cujo objetivo foi definido como "tocar o Sol", a Parker Solar Probe (Sonda Solar Parker), da NASA, lançada ao espaço em 12 de agosto de 2018, tornou-se, em 2021, a primeira espaçonave a voar pela coroa (ou corona) solar (atmosfera superior de nossa estrela central).

Nos últimos seis anos, a sonda usou sete sobrevoos de Vênus para que fosse induzida gravitacionalmente a chegar cada vez mais perto do Sol. Após o último sobrevoo, em 6 de novembro de 2024, ela atingiu uma órbita oval que lhe permite passar, a cada três meses, a uma distância do astro que lhe permite estudar seus misteriosos processos, porém sem ser sobrecarregada pelo calor e pela radiação.

E foi assim que a nave sobreviveu à sua aproximação recorde, em 24 de dezembro de 2024, quando passou a apenas 3,8 milhões de milhas (aproximadamente 6 milhões de quilômetros) sobre a superfície solar, atravessando a atmosfera a uma velocidade de 430 mil milhas por hora (cerca de 692 mil km/h), mais rápido do que qualquer objeto feito pelo homem já se moveu e mantendo sua integridade normal de operação.

Esta passagem, a primeira de muitas que ocorrerão à mesma distância, permite a realização de medições científicas inigualáveis, ajudando os cientistas a obter melhor compreensão sobre como a região da coroa fica tão quente, rastrear a origem dos ventos solares e descobrir como partículas energéticas são aceleradas até a metade da velocidade da luz.

Desde então, a espaçonave tem estado mais tempo na coroa, onde a maioria dos processos físicos críticos ocorrem, mas ela também já fez descobertas em todo o Sistema Solar interno.


Parker Solar Probe
[Imagem: NASA/Johns Hopkins APL/Ben Smith]

Observações evidenciaram como explosões solares gigantes, chamadas ejeções de massa coronal, sugam poeira enquanto varrem o sistema planetário, e outros estudos revelaram fatos inesperados sobre partículas energéticas solares. Também foram documentadas as emissões naturais de rádio da atmosfera de Vênus, bem como a primeira imagem completa de seu anel de poeira orbital.

Quanto aos dados coletados durante a última passagem, até o momento a Parker apenas conseguiu transmitir que está segura e com suas funções preservadas, mas em breve chegará a uma região onde será possível o download das informações, que serão usadas em novos estudos sobre o astro-rei.

As próximas passagens estão previstas para 22 de março e 19 de junho de 2025. Vamos acompanhar...


★ Edição: Mauro Mauler - publicada em 01/01/2025.

★ Referências:


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