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Ganhadores do Prêmio Nobel


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ALBERT ABRAHAM MICHELSON

Prêmio Nobel de Física - 1907


difração
Um comportamento que se verifica em todos os tipos de ondas. A imagem acima representa a difração provocada pelo encontro de uma onda com um obstáculo com duas fendas, gerando o padrão de interferência. [Imagem: Lookang many thanks to Fu-Kwun Hwang and author of Easy Java Simulation = Francisco Esquembre, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons]


Albert A. Michelson

"Por seus instrumentos de precisão ótica e pelas investigações espectroscópicas e metrológicas realizadas com seu uso."

O fenômeno da interferência consiste em ondas de luz de mesmo comprimento fortalecendo-se ou anulando-se umas às outras, dependendo se estão ou não em fase umas com as outras.

Em meados da década de 1880, o físico naturalizado norte-americano Albert Michelson (1852 - 1931) desenvolveu um interferômetro, um dispositivo que utiliza um espelho semitransparente para dividir um feixe de ondas de luz uniformes.

O instrumento é usado para medir comprimentos de onda e a velocidade da luz com grande precisão. Depois de conduzir as ondas através de diferentes canais, essas ondas são recombinadas, e a diferença entre as distâncias percorridas leva ao deslocamento de fase, gerando padrões.

A invenção do interferômetro, bem como os resultados científicos obtidos com seu uso, levaram os comitês competentes a elegerem Michelson como o grande ganhador do Nobel de Física de 1907.


Interferômetro
Um interferômetro de uso escolar, da marca PASCO. À esquerda, brilha um laser vermelho, e observa-se a presença de dois espelhos e uma rede de difração. Um micrômetro prateado, no canto inferior esquerdo, é usado para ajustar um espelho, permitindo o cálculo do comprimento de onda do laser, usando mudanças no padrão de difração. [Imagem: Toadspike, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons]


Breve biografia acadêmica

Albert Abraham Michelson nasceu em Strelno, Prússia, em 19 de dezembro de 1852. Dois anos depois, sua família emigrou para os Estados Unidos para se estabelecer em Virginia City, Nevada, mas acabou se mudando para São Francisco, onde Michelson recebeu sua educação inicial em escolas públicas.

Ele serviu à Marinha Americana e foi instrutor de Física e Química na Academia Naval dos EUA. Também foi professor de Física na Case School of Applied Science, em Cleveland, Ohio, e na Clark University, Worcester, Massachusetts. Ocupou cargo semelhante e foi o primeiro chefe de departamento na nova Universidade de Chicago. Em 1929, passou a trabalhar no Observatório de Mount Wilson, em Pasadena.

Apesar de ter atuado em muitas áreas da Física, o grande destaque de Michelson se deu no campo da Ótica. Foi ele quem realizou as primeiras medições da velocidade da luz com incrível precisão e, em 1881, inventou seu interferômetro.

Isto, aliado ao fato de, com o uso de sua invenção, ter sido o primeiro a demonstrar a velocidade constante da luz em qualquer sistema inercial de referência, lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física.

Outro grande feito de Michelson, dentre muitos outros, foi a primeira determinação relativamente precisa do tamanho de uma estrela, quando, em 1920, usando interferência luminosa e uma versão altamente desenvolvida de um telêmetro que criou para a Marinha, mediu o diâmetro da estrela Betelgeuse.

Michelson foi autor de muitos trabalhos científicos, destacando-se os clássicos Velocidade da Luz (1902), Ondas luminosas e suas aplicações (1899 - 1903) e Estudos em Ótica (1927).

Após uma profícua carreira de muitas contribuições à ciência, títulos honorários, diversos prêmios e honrarias, além do Nobel, Michelson faleceu em 9 de maio de 1931.





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Prêmio Nobel de Química - 1907

("Por suas pesquisas bioquímicas e descoberta da fermentação não-celular.")


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