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Mercúrio

Ele é o menor planeta do Sistema Solar, pouco maior que nossa Lua e menor que 1/3 do tamanho da Terra, sendo o mais próximo do Sol (mesmo assim não é o mais quente, pois perde para Vênus). Se estivéssemos em Mercúrio, veríamos o Sol três vezes maior do que aqui da Terra, e sete vezes mais brilhante.

Na superfície do planeta, o ambiente varia entre extremos de calor e frio. Por ser muito próximo ao Sol, durante o dia chega-se aos 430 graus centígrados e, por não haver atmosfera que retenha esse calor, à noite as temperaturas podem cair até os 180 graus negativos.

Mercúrio quase não tem uma atmosfera, predominando apenas uma fina exosfera (camada mais alta de uma atmosfera), composta por átomos expelidos da superfície pelo vento solar e por meteoroides que atingem a superfície. A exosfera de Mercúrio é composta principalmente por oxigênio, sódio, hidrogênio, hélio e potássio.

Mercúrio é o planeta mais rápido, levando apenas 88 dias terrestres para dar uma volta completa em torno do Sol (ano mercuriano), viajando a cerca de 47 quilômetros por segundo. O planeta foi inicialmente batizado pelos gregos como Hermes, o mais veloz mensageiro do Olimpo, que em sua versão romana ganhou o nome atual.

O ambiente não é propício à vida como conhecemos. Não existe ar respirável e as altas temperaturas e a radiação solar que caracterizam o planeta são demasiadamente extremas para que organismos vivos possam se adaptar.

A distância média da Terra até Mercúrio é de 58 milhões de quilômetros, e ele está a 0,4 unidades astronômicas do Sol (uma unidade astronômica, abreviada como UA, é a distância da Terra ao Sol (clique aqui para saber mais sobre unidades de medida de distâncias astronômicas).

A luz solar leva 3,2 minutos para chegar em Mercúrio. Na verdade, a órbita altamente excêntrica, em formato de ovo, faz com que as distâncias do planeta ao Sol variem entre 47 milhões e 70 milhões de quilômetros.

Mercúrio gira lentamente em torno de seu eixo, completando uma rotação a cada 59 dias terrestres. No entanto, quando está mais próximo do Sol e se movendo mais rapidamente em sua órbita elíptica, cada rotação não é acompanhada por uma aurora e um crepúsculo (nascer e pôr do Sol), como ocorre na maioria dos outros planetas.

O Sol da manhã parece nascer brevemente, sumir no horizonte e voltar a nascer em algumas partes do planeta. A mesma coisa acontece com o entardecer, porém com eventos ao contrário, nas regiões onde está ocorrendo o ocaso, em relação às localidades em que se verifica a aurora.

Um dia solar mercuriano (um ciclo dia-noite completo) equivale a 176 dias terrestres - pouco mais de dois anos mercurianos.

O eixo de rotação de Mercúrio está inclinado apenas 2 graus em relação ao plano da sua órbita em torno do Sol. Isto significa que ele gira quase que exatamente na vertical e, por isso, não tem estações climáticas.


Mercúrio

Tipo: planeta rochoso
Diâmetro equatorial: ≈ 4.879,4 km
Distância média ao Sol: 5,79 x 107 km
Distância média à Terra: 9,17 x 107 km
Dia: 176 dias terrestres
Ano: 88 dias terrestres
Luas: nenhuma


Formação e estrutura

Mercúrio formou-se há 4,5 bilhões de anos, juntamente com o restante do Sistema Solar, a partir da junção gravitacional de gás e poeira em região mais densa, próxima ao Sol. Assim como os outros planetas rochosos, ele tem um núcleo central, um manto rochoso e uma crosta sólida.

O planeta é o segundo mais denso, depois da Terra. O núcleo metálico tem um raio de aproximadamente 2.074 quilômetros, cobrindo 85% do raio de toda a esfera. Há provas de que esse núcleo é parcialmente fundido ou líquido.

A camada exterior (manto + crosta, como na Terra) tem apenas 400 quilômetros de espessura. A superfície assemelha-se à de nossa Lua, marcada por muitas crateras, resultantes de colisões com meteoroides e cometas.


Cratera de Mercúrio
Detalhe do interior da cratera de Abedin, em Mercúrio. O chão é coberto por rocha, que em tempos passados foi derretida pelo impacto que formou a cratera. [Créditos: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington]

Há bacias de impacto muito grandes, como Caloris (1.550 km de diâmetro) e Rachmaninoff (306 km de diâmetro), que foram criadas por choques de asteroides no início da história do Sistema Solar.

A paisagem mostra grandes regiões de terreno liso, mas também há escarpas, algumas com centenas de quilômetros de comprimento e se elevando a quase 2 km de altura. Elas se ergueram à medida que o planeta se contraiu, ao longo dos bilhões de anos desde que foi formado.

Ao olhar humano, a maior parte da superfície de Mercúrio teria uma aparência castanho-avermelhada. As riscas brilhantes que se observam são raios de cratera, que se formam quando asteroides ou cometas atingem o solo.

A enorme quantidade de energia que é libertada nesse tipo de impacto abre um grande buraco no solo e também esmaga uma enorme quantidade de rocha sob o ponto de choque. Parte do material triturado é projetado para longe da cratera e depois cai à superfície, formando os raios.

As partículas finas de rocha triturada são mais refletoras do que os pedaços grandes, razão pela qual os raios parecem mais brilhantes. O ambiente espacial - com impactos de poeira e partículas de vento solar - faz com que os raios escureçam com o tempo.

Mercúrio pode ter água congelada nos polos norte e sul e no interior de crateras profundas, mas apenas em regiões de sombra permanente. Em tais regiões, pode estar suficientemente frio para preservar o gelo, apesar da influência, no planeta como um todo, das altas temperaturas nas áreas iluminadas pelo Sol.

O campo magnético de Mercúrio está deslocado em relação ao equador do planeta. Embora ele tenha apenas 1% da força do campo magnético da Terra, interage com o campo magnético do vento solar, criando por vezes tornados magnéticos intensos que canalizam o plasma rápido e quente do vento solar para a superfície do planeta. Quando os íons atingem a superfície, derrubam átomos com carga neutra e enviam-nos num loop para o céu.

★ Edição: Mauro Mauler - atualizada em 04/11/2023.

★ Referência:

raios de cratera
Os jovens raios da Cratera de Mena contrastam com a superfície circundante. Estes raios se desvanescem gradualmente com o tempo. [Imagem: NASA/JPL]




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